segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ampliando os horizontes

Gente querida,

Essa semana iremos descer mais um pouco, dando outra escapada do nosso velho ciclo asa-nortista, entre 200's e 400's.

Mas antes, deixem-me estrear neste espaço uma nova função - a de refletirmos um pouco a respeito do que estamos fazendo.

Algumas pessoas, que nos acompanham há mais tempo, viram nosso samba crescer e explodir pelo menos 3 vezes: no Café, no MangaRosa, e no Balaio. Que é que há?

Será uma característica do brasiliense essa de não tolerar música ao vivo e cultura depois das 10? A lei do silêncio vigora em todas as cidades brasileiras e não vemos essas coisas acontecerem por aí. Devemos nos conformar com isso?

Mas e agora, que transcendemos a fronteira do espaço físico e nos reunimos em um lugar virtual, estamos livres daquele fenômeno autofágico?

Temos tido o cuidado de não extrapolar o horário, e de não divulgar o projeto aos quatro ventos. Apesar disso, já observamos um crescimento significativo do público e já ouvimos algumas reclamações.

O barulho do público, depois das 20:30, já começa a atrapalhar a roda. Muita gente já não vai para ouvir o samba. As que vão, já começam a não conseguir ouvir.

Como faz?

...

De um modo ou de outro, nessa terça, faremos o décimo sexto samba no estacionamento que fica na avenida das nações, em frente ao Minas Brasília Tênis Clube. Como não tem vizinhança, não precisaremos ser tão pontuais para terminar.

Mas não se acostumem! Melhor ainda: aproveitem para observar o que acontece e ajudem-nos a refletir sobre essa coisa toda.

Os comentários nesse blog podem e devem ser usados para o feedback de todos. Os que preferirem, entrem em contato pelo email: sambagameleira arroba gmail ponto com.

Aí está o mapa:


Visualizar sambumba em um mapa maior

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5 comentários:

  1. meu palpite
    é que as pessoas querem festa
    (com musica boa)

    coisa que tá difícil acontecer aqui na cidade... as que tinham essa qualidade se perderam nos devaneios do lucro e a playboyzêra tomou conta... pra variar.

    não sei o que sugerir (amplis poderosos e uma parafernália eletrônica num lugar apropriado pra festas... hum... não é o conceito...) mas não vamos desanimar!

    soooooooooooooooommmmmmm

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  2. observação clichê: NÃO DEIXEM O SAMBA MORRER!

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  3. Ja que foi solicitado, segue minha idéia de solução:

    Um lugar um pouco menos acessível (seja pela ordem de chegada, lotação máxima ou pela distância), para que apenas os reais interessados compareçam.


    Pode parecer excesso de pragmatismo, mas na minha opinião, a única forma de evitar que o samba aumente o volume é selecionar o público (não confundir selecionar com discriminar!) ou limitar o número de pessoas. Seja pelo tamanho do lugar/dificuldade de acesso/número de cadeiras/grupo fechado de emails/cadastro obrigatório no blog/ordem de chegada...

    O povo do Serpro (Turma do Gambar), até onde me lembro, está tocando às quartas no Clube dos Médicos.
    Usando o exemplo deles, eu repito: pensem na acessibilidade do lugar, para que apenas os reais interessados compareçam.

    Obs:

    Sei que não é o conceito e tenho todo o respeito pela idéia de vocês, mas geralmente a regra é essa: com a qualidade vem o sucesso e com o sucesso, vem o público/barulho. É meio complicado nadar contra essa corrente.
    Então, em último caso, se o público e volume continuarem aumentando e vocês não quiserem excluir ninguém, também vale a pena pensar se uma pequena adaptação específica ao sucesso (sonorização) não ficaria mais fácil do que manter o conceito em sua forma original.

    Contem com minha ajuda no que precisarem ok?! LEMOS

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  4. os que vão para escutar o samba podiam fazer um grande "shhhh" para os que estão atrapalhando! Ou pedir para fazer silêncio mesmo, na educação.

    Em alguns dias o barulho realmente atrapalhou.. mas não desanimem.. o samba é muito bom!

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  5. Uai !? tiraram meu primeiro post?
    bom tudo bem, mas vou dizer logo que não concordo com selecionar o publico dificultando a acessibilidade. Isso inevitavelmente vai discriminar pessoas, pessoas como eu que não tenho carro, mas tenho muito interesse e gosto pelo samba. Morei no Rio onde frequentava inúmeras rodas de samba, em santa, flamengo, praça maua, botafoga, bipbip, tijuca, chapeu mangueira, mangueira, vidigal e onde mais surgisse. Em sua maioria eram acústicos ou usavam de pouca amplificação (tinha uns como escravos da maua que de fato era um puta festão). Bom, inevitavelmente volta e meia o sambinha ali da praça virava moda e enchia e por consequência perdia qualidade... mas a moda passava e o samba continuava, ao ponto de as vezes ficar vazio de mais também, resultado... faça sol ou faça chuva quem gosta mesmo sempre aparece, quem vai por moda cansa de si mesmo ali e vai se cansar em outro lugar.

    O que eu aconselho, se o problema é juntar muita gente, é continuar a tocar sem amplificação .. no dia que encher de mais ninguém vai ouvir nada e a maioria não vai voltar. Agora se a ideia é fazer um clube, toca na casa de alguém e chama os amigos e os amigos dos amigos etc... mas não acredito que está seja a ideia, portanto deixa o samba rolar.

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